A história do SINDIPOLO é a própria história da categoria petroquímica. Com a partida das fábricas no começo dos anos 80, iniciou-se a produção do Pólo de Triunfo e o fim da fase de “obra e partida” das plantas, prioridade até aquele momento. A partir daí, os trabalhadores petroquímicos começaram a sentir a necessidade de atuarem coletivamente enquanto classe na busca de seus interesses perante as empresas e o estado, este ainda sob o mando da ditadura militar. O Sindicato foi fundado em 21 de julho de 1981, data da Carta Sindical (como Associação em 06/11/1979 e registrado em 12/02/1980), todavia os princípios e objetivos do grupo que dirigia a entidade eram outros. Sua atuação levou a entidade a um descrédito muito grande perante os trabalhadores, comprometendo o futuro da organização.

O sindicato esteve dividido em dois períodos bem distintos: o primeiro período a partir de sua fundação até o ano de 1987, o segundo período quando é eleita para a direção do sindicato a chapa MAS (Movimento de Ação Sindical), de 1987 até os dias atuais. O MAS surgiu desta necessidade. Resgatou o Sindicato das mãos do peleguismo, mal versação dos recursos da categoria, da alienação, da despolitização e imobilismo. Os princípios do MAS entregaram o SINDIPOLO ao controle dos trabalhadores. Num segundo momento de sua história em maio de 1989, o SINDIPOLO se filia a CUT – Central Única dos Trabalhadores.

O SINDIPOLO sempre defendeu essa organização como forma básica que deve ser ampliada permanentemente para não ficar isolado das lutas e da solidariedade da classe trabalhadora. Nossa história foi marcada por grandes lutas e avanços ao longo desses anos na categoria, como nas greves de maio de 1988, novembro de 1988 e setembro de 1991 na Copesul e Petroflex; pela manutenção das URPs, reposição salarial e pela 5ª Turma; na greve de abril de 1989 na Petroquímica Triunfo, Polisul (hoje Ipiranga), Poliolefinas e PPH (hoje Braskem) e na mobilização da Nitriflex (hoje DSM) por reposição salarial e pela 5ª Turma; na greve da Oxiteno em 1992 contra o fechamento da fábrica e na greve das empreiteiras, também em 1992. Em abril de 1997 começou outra grande luta que durou até abril de 1999, pela reimplantação da 5ª Turma nas OPPs (hoje Braskem). Nestes quase 25 anos, tivemos vários embates com mobilizações, greves, reestruturação do Pólo, e muitas demissões. As empresas ampliaram suas unidades e novas empresas foram implantadas. A terceirização e a precarização das condições de trabalho se aprofundaram em alguns momentos. Mas continuamos diariamente nossa luta sem tréguas na defesa dos interesses dos trabalhadores.