SINDIPOLO manifesta solidariedade aos trabalhadores da Viação Santa Clara, em Esteio

O SINDIPOLO manifesta sua total solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras da Viação Santa Clara, de Esteio, que, desde a madrugada desta quinta-feira, estão mobilizados em frente à empresa em razão do atraso no pagamento dos salários e benefícios.

Com coragem e unidade, a categoria decidiu cruzar os braços e só retomar as atividades quando os valores devidos forem devidamente creditados. A Viação Santa Clara é responsável pelo transporte público na cidade de Esteio, serviço essencial que depende diretamente da força de trabalho desses profissionais, que agora enfrentam o descaso da empresa.

O SINDIPOLO se soma às demais entidades sindicais que têm prestado apoio aos rodoviários nesta luta justa. Salário é direito básico, e trabalhar sem receber é inaceitável. A paralisação é uma resposta legítima diante do desrespeito e da tentativa de impor sacrifícios aos trabalhadores, justamente aqueles que garantem o funcionamento do transporte urbano com dedicação e responsabilidade.

Reforçamos nosso apoio à luta e reivindicamos que a empresa regularize imediatamente os pagamentos, assegurando as condições mínimas para que os trabalhadores possam cumprir com suas obrigações e viver com dignidade.

Nenhum direito a menos! Todo apoio à greve dos trabalhadores da Viação Santa Clara!

Ato mobiliza centenas na Esquina Democrática em defesa da soberania nacional

CUT-RS, centrais sindicais, frentes populares e movimentos sociais ocuparam as ruas no 1º de agosto em Porto Alegre para denunciar ataques à soberania, aos empregos e à justiça social

Centenas de pessoas se reuniram na Esquina Democrática, em Porto Alegre, nesta sexta-feira (1º), para participar do Dia Nacional de Mobilização pela Soberania Nacional. O ato foi convocado pela CUT-RS, centrais sindicais, Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além de diversos movimentos sociais.

A mobilização denunciou o início da taxação de 50% sobre exportações brasileiras aos Estados Unidos, que ameaça os trabalhadores brasileiros, perdas econômicas e aprofundamento da submissão do país aos interesses estrangeiros.

Durante o ato, foram erguidas faixas, cartazes e bandeiras em defesa da soberania, dos empregos e de pautas centrais da classe trabalhadora. Lideranças sindicais e populares fizeram falas políticas para denunciar retrocessos e reforçar a urgência de organização e resistência.

“Enquanto a gente rala, eles querem taxar o Brasil, meter a mão nos nossos empregos, nos nossos direitos e na nossa soberania. Nosso petróleo, nossas terras, nossas riquezas, nossas soberanias são coisas inegociáveis. Quem manda no Brasil é o povo brasileiro!”, afirmou Amarildo Cenci, presidente da CUT-RS.

Soberania não se negocia: é com luta nas ruas que se constrói um Brasil mais justo

O Dia Nacional de Mobilização reforçou o compromisso da CUT-RS com a defesa da soberania nacional, dos direitos sociais e do povo brasileiro.
Em tempos de ameaças externas e retrocessos internos, ocupar as ruas é uma necessidade política e um dever de quem luta por um país mais justo, democrático e igualitário.

Trabalhadores exigem fim da escala 6×1

Uma das bandeiras defendidas no ato foi o fim da escala de seis dias de trabalho para um de descanso. Essa jornada exaustiva compromete a saúde física e mental dos trabalhadores, além de afetar a convivência familiar.

A luta é por uma jornada mais humana, que valorize o tempo livre, o descanso e a vida fora do trabalho.

Justiça tributária: IR só para quem ganha mais

Outra reivindicação é a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A CUT-RS defende que a carga tributária deixe de pesar sobre os ombros de quem sustenta o país com trabalho e passe a incidir sobre os que lucram mais.

Taxação dos super-ricos: quem tem mais, paga mais

O ato também reforçou a luta pela taxação dos super-ricos. Enquanto a classe trabalhadora paga impostos sobre salários e consumo, grandes fortunas e lucros seguem isentos. O Brasil é um dos países que menos taxam os milionários.

A proposta é clara: tributar heranças bilionárias, lucros financeiros e grandes patrimônios para combater a desigualdade e financiar serviços públicos.

Redução da jornada de trabalho: mais tempo para viver

Com os avanços tecnológicos, a redução da jornada de trabalho sem redução de salário é possível e necessária. Essa pauta histórica do movimento sindical visa gerar empregos, melhorar a saúde da população e garantir mais tempo para a vida pessoal, o lazer e a família.

Modelos já adotados em países como França, Alemanha e Islândia comprovam os benefícios sociais e econômicos da medida.

Contra a pejotização e a precarização do trabalho

A CUT-RS também denunciou os danos da pejotização irrestrita, que enfraquece os direitos trabalhistas e prejudica o financiamento da Previdência Social, do FGTS, do Sistema S e das políticas públicas em geral.

A transformação do trabalhador em “empresa” só favorece o capital, gerando insegurança e rombos nos orçamentos municipais, estaduais e federais.

Não ao PL da Devastação

Os manifestantes repudiaram o PL 2.159/2021, apelidado de PL da Devastação, aprovado na calada da noite pela Câmara dos Deputados. O projeto permite a autodeclaração ambiental, fragiliza a análise técnica e retira o poder de órgãos como ICMBio, Funai e IPHAN.

A CUT-RS denuncia a proposta como um ataque ao meio ambiente, aos povos originários e à soberania ambiental do país.

Pelo fim do genocídio em Gaza

O ato também expressou solidariedade ao povo palestino e exigiu o fim do massacre em Gaza. Desde a ofensiva israelense iniciada em outubro de 2023, mais de 60 mil palestinos foram mortos, segundo organizações humanitárias. O Brasil anunciou sua entrada na ação movida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça, que acusa Israel de genocídio.

SINDIPOLO, 44 ANOS DE LUTA E CONQUISTAS

Neste dia 21 de julho, o SINDIPOLO celebra, com orgulho, 44 anos de história e resistência, reafirmando-se como a principal ferramenta de luta da categoria petroquímica. Ao longo dessas décadas, tantas conquistas só foram possíveis graças à dedicação e união de trabalhadoras e trabalhadores que, juntos, construíram uma trajetória marcada por coragem e solidariedade.

Parabenizamos cada trabalhador e trabalhadora que fizeram parte dessa caminhada, fortalecendo o Sindicato e defendendo direitos fundamentais. Que as novas gerações se inspirem nesse legado, mantenham viva a chama da mobilização e continuem a trilhar o caminho das lutas em busca de avanços e justiça para todos.

SINDIPOLO cobra empresas sobre mudança no horário do administrativo no Polo de Triunfo

O SINDIPOLO-RS está atuando junto às empresas Braskem, Innova, Oxiteno e Indorama para tratar da possível antecipação de 25 minutos no horário de entrada dos trabalhadores e trabalhadoras do setor administrativo no Polo Petroquímico de Triunfo. A medida tem gerado preocupação entre a categoria, especialmente quanto à segurança no transporte e aos impactos na rotina dos empregados.

Após tomar conhecimento da pesquisa interna feita pelas empresas, o SINDIPOLO solicitou reunião com o sindicato patronal, realizada na sede do SINDIQUIM nesta semana, para debater os principais pontos da proposta e apresentar reivindicações que evitem prejuízos aos trabalhadores.

Entre os pontos levados à mesa, o SINDIPOLO destacou:

Ponto de apanho: com a antecipação do horário, muitos trabalhadores precisarão sair de casa ainda mais cedo, o que pode gerar risco, especialmente para quem mora no início das linhas de transporte. Por isso, o sindicato solicitou que o trajeto até o ponto de embarque não ultrapasse 500 metros e que os itinerários sejam ajustados conforme a necessidade.

Caráter provisório da alteração: o SINDIPOLO defende que a mudança tenha duração limitada ao período das obras nos trevos de Nova Santa Rita, que estão impactando o trânsito na região. Foi sugerido um prazo inicial de três meses, com possibilidade de prorrogação por mais três, se necessário.

Lanche no início da jornada: como a entrada será mais cedo, o sindicato propôs que as empresas ofereçam lanche de desjejum aos trabalhadores/as durante o período da alteração.

Antecipação do horário de almoço: para compensar a entrada antecipada, o sindicato sugeriu que o horário de almoço também seja adiantado em 30 minutos.

Durante a reunião, quando as empresas foram questionadas sobre os impactos da mudança para os trabalhadores e trabalhadoras que estudam ou que têm filhos em creche, a resposta por parte dos advogados do SINDIQUIM foi alarmante: afirmaram que as empresas não estariam preocupadas com esses casos, por se tratarem de uma “minoria”. O SINDIPOLO rejeita essa posição, pois não se trata de uma minoria irrelevante. Uma parcela significativa da categoria — especialmente os trabalhadores com menos de 35 anos — está atualmente cursando o ensino superior. Além disso, as responsabilidades familiares, como a criação de filhos pequenos, afetam diretamente a rotina e o bem-estar dos trabalhadores, sendo inaceitável que sejam ignoradas nas decisões sobre jornada.

Turno permanece inalterado

É importante destacar que a proposta de mudança atinge apenas os trabalhadores e trabalhadoras do administrativo. Para quem atua em regime de turno, continua vigente o Acordo Coletivo Específico (ACT-Turno), que regula as escalas. Caso seja necessária alguma alteração também para os turneiros/as devido às obras, o SINDIPOLO se compromete a chamar a categoria para debate, preservando o direito ao estudo e evitando qualquer prejuízo.
Compromisso com a categoria

O SINDIPOLO segue acompanhando de perto a situação e reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos, da segurança e da qualidade de vida da categoria petroquímica. Nenhuma alteração será aceita sem diálogo transparente e medidas que assegurem condições adequadas de trabalho.

Sindipolo acompanha com atenção pressão da Braskem para antecipar horário do administrativo

O Sindipolo-RS está acompanhando com atenção o processo de consulta interna que a Braskem vem realizando para uma possível antecipação do horário de entrada do pessoal do setor administrativo. A iniciativa da empresa tem gerado preocupação entre os trabalhadores e repercussão nos setores da unidade, conforme relata o presidente do sindicato, Ivonei Arnt.

Segundo Ivonei, a empresa tem pressionado os trabalhadores a aceitarem a mudança de horário, ainda que, até o momento, esteja apenas em fase de consulta. “Isso aí está dando um burburinho dentro da empresa”, afirma. Para o presidente, é fundamental monitorar se essa antecipação poderá provocar transtornos e atrasos no cotidiano dos trabalhadores, especialmente aqueles que atuam em regime de turno.

“No administrativo eles podem até antecipar o horário sem grandes problemas, mas no caso dos turnos, qualquer alteração só pode acontecer com um aditivo ao acordo de turno já existente”, explica Ivonei.

O Sindipolo destaca que não há, por enquanto, nenhuma decisão tomada sobre mudança de horário. A posição do sindicato é clara: não haverá alteração para os trabalhadores de turno sem amplo debate com a categoria e, se necessário, com a formalização de um aditivo com prazo determinado.

Ivonei chama atenção para os impactos que uma eventual antecipação pode causar nos trabalhadores que estudam à noite. “Se antecipar o horário, o pessoal vai ficar prejudicado tendo que sair mais cedo da última aula para pegar o ônibus. Hoje já perdem alguns minutos, e antecipando o horário, a situação piora ainda mais”, alerta.

O sindicato reforça seu compromisso com a defesa dos direitos e do bem-estar dos trabalhadores e informa que seguirá monitorando de perto a situação. Se houver necessidade, os trabalhadores serão consultados para decidir coletivamente sobre qualquer proposta de mudança de horário.