O Custo Humano da Mercantilização: Somos Mais Que Números!

Companheiros e companheiras,

A realidade que se impõe em nossos locais de trabalho é dura e inegável: o ser humano, o trabalhador, está sendo tratado abertamente como mera mercadoria. Por anos, soubemos, no íntimo, que éramos peças em uma engrenagem, mas a gestão atual faz questão de escancarar essa visão desumanizadora.

A prática do “empréstimo” de pessoas de um grupo de trabalho para outro é o sintoma mais claro dessa patologia corporativa. Não somos recursos a serem realocados em uma planilha, nem ferramentas que podem ser simplesmente movidas de prateleira. Somos profissionais com histórias, especializações e, acima de tudo, limites. Essa manobra, disfarçada de “flexibilidade” ou “sinergia”, ignora a complexidade do nosso trabalho e a sobrecarga que ela impõe.

A sobrecarga é a consequência imediata. Ao sermos jogados em novas funções ou equipes sem o devido preparo, suporte ou, o mínimo, reconhecimento, somos forçados a absorver o trabalho de dois ou mais, comprometendo nossa saúde física e mental. A produtividade exigida aumenta, mas o valor que nos é atribuído, não.

E o reconhecimento? Ele é uma miragem. Vemos colegas com mais de 20 anos de dedicação serem tratados com indiferença, seus esforços e lealdade sendo ignorados. Essa falta de valorização não é um erro de gestão; é uma mensagem clara e fria para os mais novos que chegam: “Não importa o quanto você se esforce, você nunca será reconhecido de verdade.”

Essa certeza destrói a motivação e a esperança. Os recém-chegados observam o descaso com a experiência e entendem que o ciclo de desvalorização é a única garantia que a empresa oferece.

A verdade é que, para a empresa, você é apenas um número. E ela faz questão de ressaltar isso a cada decisão, a cada realocação arbitrária, a cada negativa de um reconhecimento merecido.

Mas nós, trabalhadores, somos mais do que a soma de nossas horas ou o resultado de uma métrica. Somos a força que move esta organização.

Chegou a hora de dizer BASTA!

Não aceitaremos ser tratados como peças descartáveis. Exigimos respeito, reconhecimento e condições de trabalho dignas. Nossa união é a única ferramenta capaz de transformar esse número frio em uma voz poderosa.

Juntos, somos a força! Juntos, somos a mudança!

CAPITAL HUMANO, NOSSO MAIOR ATIVO?

Pesquisa de clima, bem-estar das equipes, sinergia entre as áreas e eventos de integração social… Aos poucos, como em um jogo de xadrez, movimentos vêm ocorrendo bem antes do ciclo de baixa — movimentos sem volta, de forma cartesiana e implacável.
As sedes de lazer foram fechadas e lá se foi o vôlei, o churrasco de sexta e a pescaria na beira do rio. Mas tudo bem, a empresa tem seus motivos.

Nas máquinas de café, as migalhas foram contadas: “O chocolate quente ninguém consome, pode cortar.” Sai o grão, vem o solúvel — é o que dizem. Hoje é assim, amanhã as máquinas somem.
A festa de fim de ano virou verba de grupos, até sumir… “Façam sua vaquinha e se reúnam.”
Ok, assim faremos — a empresa tem seus motivos, vamos colaborar.

Otimizações no transporte, retirada de micro-ônibus… Vamos lá, a empresa tem seus motivos.
São otimizações em que poucos perdem aqui, poucos perdem ali, e fiquemos “felizes”, pois ainda atendem à CLT.
A lista de PJs para 2026 e 2027 é desafiadora. Mas de onde vem esse recurso, afinal estamos quase fechando as portas?
Sabemos de onde vem, acompanhamos os números da empresa — ela tem seus motivos.

O trabalhador também tem seus motivos.
Sabemos que ele é pago para executar seu trabalho, mas, em meio a tantas retaliações, tantas disparidades, em um lugar que antes não tinha rotatividade — nem tampouco vontade de ir embora, começa aos poucos a perder seus profissionais.
Perde-se por falta de reconhecimento, de investimento, de igualdade nos benefícios, independentemente do estado de origem, sexo, cor ou função.

Continuaremos realizando nosso trabalho na busca por equidade, pois todos seguem dando seu suor a cada dia para manter essa engrenagem ativa e é essa a energia que realmente move a ‘máquina’.

Sindipolo-RS reforça importância do Novembro Azul e da prevenção ao câncer de próstata

O Sindipolo-RS se soma, neste mês de novembro, à mobilização mundial do Novembro Azul, campanha dedicada à conscientização sobre a saúde masculina, com foco especial na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata, o tipo de câncer mais comum entre os homens no Brasil depois do câncer de pele.

De acordo com especialistas, quando identificado no início, o câncer de próstata tem altas chances de cura. Por isso, o sindicato reforça a importância de manter os exames em dia, realizar consultas periódicas e buscar informações confiáveis sobre cuidados com a saúde. A prevenção também passa por hábitos saudáveis, como alimentação adequada, prática de atividades físicas e controle do estresse.

A saúde do trabalhador é prioridade para o movimento sindical. “Cuidar de quem trabalha significa também promover uma cultura de prevenção, quebrar tabus e incentivar que os homens procurem atendimento médico regularmente”, destaca a direção do Sindipolo-RS.

Prevenir é um ato de cuidado consigo e com a família. Saúde também é direito!

Divulgado o resultado da ELEIÇÃO das CIPAS na BRASKEM

Na semana passada, entre os dias 20 a 23/10 ocorreram as votações para as três Eleições das CIPAs na Braskem (Q2, PE4/PE6 e PP1/PP2/PE5), gestão 2026. O processo foi por votação eletrônica/remota, conforme Edital de Eleição publicado pela Braskem. A participação dos trabalhadores/as em média ficou na casa dos 70%.

A CIPA é normativa, tem força de Lei, seguindo a NR-05. Porém, de forma geral, têm empresas que não entendem a importância da Cipa e tentam reduzir ou anular sua importante atuação na PREVENÇÃO à segurança, saúde de todos e ao meio ambiente.
A CIPA é formada por metade dos participantes (cipeiros/as) eleitos pelos trabalhadores/as e a outra metade por indicados pela empresa, além do presidente da Cipa também indicado pela empresa. Fica evidente que a maior força na Cipa é da empresa, mas mesmo assim, algumas vezes é possível notar de forma mais explícita que as empresas querem também eleger trabalhadores/as que supostamente “não iram causar problema para ela”, ou seja, ficarão como se fossem “indicados eleitos” por ela.
O SINDIPOLO entende que isso é um desvio de conduta da empresa que proceda assim, ou seja, não está respeitando a NR-05, bem como transgride a auto-organização e liberdade dos trabalhadores em seus locais de trabalho.

Nesta Eleição das CIPAs na BRASKEM o SINDIPOLO procurou a empresa para tratar questões realtiva ao processo Eleitoral, pois entendemos que houve “equívocos”. Para isso, foi solicitado uma reunião com os representantes da Braskem e das Comissões Eleitorais.

O foco do SINDIPOLO continua e continuará por fortalecer a atuação das CIPAs nas fábricas com uma visão PREVENCIONISTA ATIVA em comunhão com os Setores de Seguranças (SMS/SSMA), pois entendemos que só assim teremos diminuição efetiva de acidentes e adoecimentos ocupacionais.

O produto final das empresas, não pode sair manchado com sangue dos trabalhadores/as!

SINDIPOLO AGRADECE

O SINDIPOLO agradece a todos os trabalhadores e trabalhadoras que participaram e confiaram nos nossos representantes nas eleições da CIPA.

Com o apoio de cada um e cada uma, foi possível eleger todos os candidatos sindicalistas!

Essa vitória é de toda a Categoria e reafirma o compromisso do SINDIPOLO em seguir na luta por mais segurança, saúde e melhores condições de trabalho, seja no Polo Petroquímico ou em qualquer outro lugar!

Seguimos juntos, cuidando da vida e da Classe Trabalhadora!