Innova promove o “BIG BROTHER” no seu ambiente de trabalho.

“O zumbido constante dos equipamentos na sala de controle ecoa o ritmo frenético de um trabalho já exaustivo. A cada tela, um desafio, uma responsabilidade que pesa sobre os ombros dos trabalhadores. E agora, um novo elemento se soma a essa equação: o olhar fixo das câmeras de vigilância.
Essa adição, pensada talvez para otimizar processos ou garantir a segurança, lança uma sombra de desconfiança sobre o ambiente de trabalho. Onde antes havia a pressão natural das demandas, agora paira a sensação de escrutínio constante, um lembrete silencioso de que cada movimento está sendo observado.


Mas até onde vai o direito da Innova de fiscalizar e onde começa o direito à privacidade do trabalhador.
A lei não permite o uso de câmeras em locais íntimos como banheiros, vestiários, refeitórios, e ambientes estritamente pessoais. Por outro lado, em áreas comuns de trabalho, o monitoramento é aceito, desde que os trabalhadores estejam cientes da existência das câmeras e suas finalidades. Monitorar não é o mesmo que microgerenciar. O excesso de controle já está gerando a desmotivação e atrito no ambiente de trabalho. A vigilância se torna um abuso quando as câmeras estão voltadas diretamente para a mesa de trabalho do trabalhador, no uso continuo sem justificativa clara, no uso para constranger ou punir, que neste caso, o Gerente de Produção, já confirmou que usara esta prerrogativa e na falta de aviso prévio ou consentimento como prevê a LGPD.


Para os mais novos, que chegam com a expectativa de um ambiente colaborativo e de crescimento, a sala de controle, com sua atmosfera carregada e a promessa de vigilância incessante, torna-se um espaço a ser evitado. A busca por locais de trabalho que inspirem, que confiem no potencial humano e que ofereçam um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal é uma marca desta geração.


É fundamental que as Innova reflitam sobre o impacto de tais medidas, o respeito pelos trabalhadores vai além do cumprimento de obrigações contratuais; envolve a criação de um ambiente onde se sintam valorizados, confiáveis e seguros. Em vez de instrumentos de controle, que tal investir em comunicação transparente, em processos que aliviem a sobrecarga e em lideranças que inspirem confiança? Afinal, um time que se sente respeitado é um time mais engajado e, consequentemente, mais eficiente.”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *