Será nesta terça-feira, dia 29 de abril, às 18h em primeira chamada e às 18h30, em segunda e última chamada, na sede do SINDIPOLO. Agende-se e Participe!
abr, 2025

Será nesta terça-feira, dia 29 de abril, às 18h em primeira chamada e às 18h30, em segunda e última chamada, na sede do SINDIPOLO. Agende-se e Participe!
Na tarde desta quarta-feira (23), o Sindipolo-RS sediou uma importante formação promovida pelo DIEESE sobre meio ambiente, mundo do trabalho e os desafios que se colocam com a realização da COP 30, em 2025, no Brasil. O evento reuniu representantes de diversas entidades sindicais no auditório do sindicato, em Porto Alegre, com participação de organizações como CPERS, Sindipetroleiros, Sindicato dos Sapateiros, Sindbancários, Sindiágua, Sinpro e a CUT-RS.
A formação teve como expositor o economista e pesquisador do DIEESE, Cloviomar Pereira, e foi mediada pelo diretor técnico do órgão, Ricardo Franzoi. Cloviomar ressaltou a urgência de incluir os trabalhadores no debate ambiental: “Os trabalhadores não estão incluídos no debate ambiental e eles são os mais afetados. É preciso trazer o debate ambiental para dentro do movimento sindical. O DIEESE está trazendo esse tema para os trabalhadores”.
Durante a atividade, foi destacada a necessidade de compreender como as mudanças climáticas impactam diretamente o mundo do trabalho. Eventos extremos, como as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024, deixaram centenas de trabalhadores sem casa, sem emprego e sem condições adequadas de trabalho. A crise climática, segundo os especialistas, já não é uma ameaça distante, mas uma realidade que exige ação imediata.
O presidente do Sindipolo-RS, Ivonei Arnt, ressaltou a importância de o sindicato estar engajado na construção de uma pauta ambiental dentro do movimento sindical: “É fundamental que os sindicatos assumam seu papel na defesa do meio ambiente. A pauta ambiental não pode estar dissociada das lutas dos trabalhadores. Quando falamos de enchentes, calor extremo, falta de água, estamos falando de saúde, de segurança, de emprego. Tudo isso nos afeta diretamente e precisa estar nas nossas mesas de negociação”, afirmou.
Ao final da apresentação, os sindicalistas presentes participaram de um debate mediado por Ricardo Franzoi. A troca de experiências e reflexões reforçou a importância de integrar as discussões ambientais às estratégias das entidades sindicais, ampliando o olhar para além das reivindicações imediatas e pensando também no futuro do trabalho frente às transformações climáticas globais.
Na manhã desta quarta-feira (16), o Sindipolo-RS e representantes de diversas entidades sindicais estiveram reunidos no escritório do senador Paulo Paim (PT) em Canoas para tratar da retomada da Comissão Estadual do Benzeno no Rio Grande do Sul. A iniciativa visa fortalecer a luta em defesa da saúde das trabalhadoras e dos trabalhadores expostos a esse agente químico altamente tóxico.
Participaram do encontro dirigentes do Sindipolo-RS, Sindicato dos Aeroviários, Sitramico-RS, Sitrapostos-RS, Sindiliquida-RS, Sindiágua-RS, Sindiconstrupolo-RS, Sunflumar-RS, CUT-RS e outras entidades comprometidas com a proteção da saúde e da vida no ambiente de trabalho.
Durante a reunião, o dirigente sindical Gerson Cardoso entregou formalmente ao senador Paim um pedido de apoio para reativação da comissão estadual, que teve papel fundamental no passado na fiscalização, no debate técnico e na formulação de políticas de prevenção relacionadas ao benzeno.
“O benzeno é um produto cancerígeno, que traz riscos sérios à saúde dos trabalhadores em diversos setores da indústria. A volta da Comissão Estadual do Benzeno é fundamental para garantir fiscalização, proteção e acompanhamento permanente das condições de trabalho”, destacou Gerson.
O senador Paulo Paim acolheu a demanda e se comprometeu a atuar junto aos órgãos competentes para viabilizar a retomada da comissão. A CUT-RS também manifestou total apoio à iniciativa, reforçando a importância da organização coletiva para enfrentar os retrocessos nas políticas de saúde e segurança no trabalho.
A reunião marcou um passo importante na articulação entre sindicatos e o mandato do senador Paim, fortalecendo a mobilização em defesa da vida e da dignidade de quem trabalha em áreas com risco de exposição ao benzeno.
O Sindipolo/RS esteve presente no 10º Congresso Nacional da Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ-CUT), realizado nos dias 28, 29 e 30 de março. O evento reuniu 170 delegados e delegadas de 49 sindicatos, representando 16 estados brasileiros, e teve como principais pautas a defesa de direitos trabalhistas, previdência, da democracia, a resistência contra a ultradireita patronal e a construção de um movimento sindical forte, unificado e mobilizado.
O Congresso também marcou a eleição da nova direção da CNQ para o período 2025-2029.
O Sindipolo contribuiu no debate de temas fundamentais para a Categoria Petroquímica, portanto para a Classe trabalhadora, como a correção de toda a tabela do Imposto de Renda, a aposentadoria especial sem limite de idade, a redução da jornada de trabalho e a segurança no trabalho, especialmente no que diz respeito à exposição ao Benzeno.
Justiça tributária e Aposentadoria Especial
Durante as discussões, o dirigente Gerson Cardoso destacou a necessidade de correção integral da tabela do Imposto de Renda, alertando para a injustiça da tributação sobre adicionais de insalubridade, periculosidade e de turno. “Se tem que cobrar sobre salários, o que já é um equívoco, não pode cobrar sobre os adicionais”, argumentou.
Ele também defendeu a retomada da Aposentadoria Especial sem limite de idade e com benefício no teto previdenciário, criticando os retrocessos impostos pela reforma da Previdência em 2019 pelo governo Bolsonaro. Para o sindicato, esta reforma, somada à reforma trabalhista, foi uma “deformidade” que prejudicou profundamente os trabalhadores/as.
Redução da jornada e compromisso com o emprego digno
A importância da mobilização sindical também foi reforçada pelo presidente Ivonei Arnt, que destacou a necessidade de retomar as manifestações de rua para lutar pelas pautas de interesse dos trabalhadores e trabalhadoras. Um dos temas defendido é pela redução da jornada de trabalho. Ele citou a campanha da CUT-RS, “Vida Não Tem Hora Extra”, como um exemplo de iniciativa que deve ser amplamente apoiada pelo Ramo Químico.
Outro ponto abordado foi a contrapartida das empresas do setor químico, que recebem incentivos fiscais e créditos a fundo perdido (REIQ). “Esses benefícios precisam vir acompanhados de compromissos com os trabalhadores, garantindo a manutenção dos empregos e valorização salarial”, ressaltou.
Segurança no trabalho e combate ao benzeno
Uma das preocupações centrais do Congresso foi a segurança dos trabalhadores expostos a agentes químicos perigosos, como o Benzeno. Representantes do Sindipolo/RS reforçaram a necessidade de impedir qualquer retrocesso na regulamentação da exposição a essa substância cancerígena. “Não existe nível seguro para exposição ao Benzeno”, alertou Gerson, denunciando as tentativas patronais de reintroduzir um Limites de Tolerância para essa substância “assassina”.
O superintendente da Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo (SRTE-SP), Marcelo Bergamasco Silva, participou do 10º Congresso Nacional da CNQ, representando o Ministro do Trabalho Luiz Marinho, onde o Sindipolo/RS discutiu a necessidade de impedir retrocessos na regulamentação da exposição ao Benzeno. A principal preocupação é evitar a reintrodução de um Limite de Tolerância para essa substância altamente cancerígena e garantir a retomada das Comissões Nacional e Estaduais de forma permanente, assegurando um monitoramento contínuo e eficaz para a proteção dos trabalhadores do setor.
Fortalecimento do movimento sindical
A abertura do Congresso contou com a presença de importantes lideranças sindicais e políticas, como o presidente da CNQ, Geralcino Teixeira, que enfatizou o simbolismo do evento realizado presencialmente após quatro anos da pandemia. Ele destacou que, apesar das condições políticas terem mudado com a eleição de Lula, a disputa ideológica segue intensa e exige grande capacidade de mobilização e articulação das entidades sindicais e suas categorias.
O evento também contou com a participação de diversas federações e sindicatos, além de representantes do Ministério do Trabalho e Emprego e de organizações parceiras como Fundacentro e Dieese.
Próximos passos
Com a definição da nova direção da CNQ e o fortalecimento das pautas defendidas no Congresso, o Sindipolo/RS reafirma seu compromisso com a luta dos petroquímicos do Rio Grande do Sul. A entidade seguirá atenta às mobilizações nacionais, buscando avanços nas questões tributárias, previdenciárias, trabalhistas e na segurança no ambiente de trabalho.
A unidade da Categoria e a participação ativa dos trabalhadores são fundamentais para garantir conquistas e evitar retrocessos. O Sindipolo/RS continuará engajado nessa luta, fortalecendo a representatividade sindical e ampliando o debate sobre os desafios e caminhos para um futuro mais justo para os trabalhadores e trabalhadoras do Setor Químico.
Assessoria de Comunicação
02/04/2025 11:57:15
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