Sindipolo participa de Seminário Internacional sobre o futuro do sindicalismo diante das crises globais

O Sindipolo participou, no dia 8 de maio de 2025, do Seminário Internacional do Movimento Sindical entre Brasil, Espanha e União Europeia, um espaço fundamental de intercâmbio e reflexão sobre os rumos do sindicalismo diante dos desafios atuais no mundo do trabalho.

O encontro reuniu representantes sindicais de diversos países para debater os impactos do avanço da direita e da extrema direita sobre os direitos trabalhistas, duramente conquistados por décadas de mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras. Em pauta, estiveram temas urgentes como o desmonte da legislação trabalhista, os ataques à Justiça do Trabalho e o enfraquecimento institucional dos sindicatos.

Um dos pontos de destaque foi a experiência da Espanha, onde a redução da jornada de trabalho já está em vigor, e os trabalhadores podem fazer, no máximo, 80 horas extras. Esses movimentos estão abrindo caminhos para que outras nações, como o Brasil, também avancem na luta por mais qualidade de vida, saúde mental e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Outros temas centrais foram debatidos, como:

O avanço do trabalho remoto e suas consequências sobre a saúde mental e as relações trabalhistas;

O aumento dos casos de assédio moral e sexual nos ambientes de trabalho;

A crescente precarização das relações de trabalho e da CLT;

A importância da comunicação sindical frente às novas tecnologias e o papel das mídias digitais;

As transições demográficas e o envelhecimento da população trabalhadora;

E a necessidade de repensar a organização sindical para além do tempo de trabalho formal, incluindo o período pós-laboral.

Um consenso importante entre os participantes foi o chamado à ação para que os sindicatos retornem às suas bases, às suas origens, e se reconstruam a partir da escuta e da organização direta com os trabalhadores. O futuro do sindicalismo está profundamente ligado à sua capacidade de se renovar sem abrir mão de sua missão histórica: defender os direitos, a dignidade e a vida da classe trabalhadora.

O Sindipolo reafirma seu compromisso com essa reconstrução e seguirá ativo na construção de um movimento sindical forte, combativo e conectado com os desafios do presente e do futuro.

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