Na tarde desta quarta-feira (23), o Sindipolo-RS sediou uma importante formação promovida pelo DIEESE sobre meio ambiente, mundo do trabalho e os desafios que se colocam com a realização da COP 30, em 2025, no Brasil. O evento reuniu representantes de diversas entidades sindicais no auditório do sindicato, em Porto Alegre, com participação de organizações como CPERS, Sindipetroleiros, Sindicato dos Sapateiros, Sindbancários, Sindiágua, Sinpro e a CUT-RS.
A formação teve como expositor o economista e pesquisador do DIEESE, Cloviomar Pereira, e foi mediada pelo diretor técnico do órgão, Ricardo Franzoi. Cloviomar ressaltou a urgência de incluir os trabalhadores no debate ambiental: “Os trabalhadores não estão incluídos no debate ambiental e eles são os mais afetados. É preciso trazer o debate ambiental para dentro do movimento sindical. O DIEESE está trazendo esse tema para os trabalhadores”.

Durante a atividade, foi destacada a necessidade de compreender como as mudanças climáticas impactam diretamente o mundo do trabalho. Eventos extremos, como as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024, deixaram centenas de trabalhadores sem casa, sem emprego e sem condições adequadas de trabalho. A crise climática, segundo os especialistas, já não é uma ameaça distante, mas uma realidade que exige ação imediata.
O presidente do Sindipolo-RS, Ivonei Arnt, ressaltou a importância de o sindicato estar engajado na construção de uma pauta ambiental dentro do movimento sindical: “É fundamental que os sindicatos assumam seu papel na defesa do meio ambiente. A pauta ambiental não pode estar dissociada das lutas dos trabalhadores. Quando falamos de enchentes, calor extremo, falta de água, estamos falando de saúde, de segurança, de emprego. Tudo isso nos afeta diretamente e precisa estar nas nossas mesas de negociação”, afirmou.
Ao final da apresentação, os sindicalistas presentes participaram de um debate mediado por Ricardo Franzoi. A troca de experiências e reflexões reforçou a importância de integrar as discussões ambientais às estratégias das entidades sindicais, ampliando o olhar para além das reivindicações imediatas e pensando também no futuro do trabalho frente às transformações climáticas globais.

