BRASKEM reduz postos de trabalho e gera insegurança no Polo-RS

A Braskem, maior petroquímica das Américas, com a lógica de redução de custos imposta pela nova direção da empresa, que ainda é controlada pela Odebrecht (Novonor), vem gerando um clima organizacional cada vez mais inseguro e instável a cada dia. Até a famigerada e ineficiente TEO (Tecnologia Empresarial Odebrecht) foi ressuscitada para executar a ordem de redução de custos a qualquer custo, que já vem gerando danos no meio ambiente de trabalho.
Com isto surgem ideias geniais como;

Redução do número mínimo de brigadistas de emergência;
Redução de transportes;
Redução de prestação de serviços em limpeza, alimentação e segurança;
Redução de número mínimo de operadores e mantenedores;
Redução das rotinas de manutenção preventivas;
Congelamento dos valores de PLR, mesmo tendo aumentado a Meta de EBITDA para 2025;
VOLTA do sistema monocrático de avaliação de desempenho;
Retirada da Avaliação em Rede e o fim da possibilidade de se obter pelo menos 100% para recebimento da PLR.

Desta forma, os acidentes com pessoas e ambiental, a insatisfação, os danos físicas e mentais dos trabalhadores/as, só potencializam nas unidades industriais da Braskem.

Apesar de a Braskem ter levado a maior fatia do REIQ disponibilizado pelo Governo Federal para incentivar a indústria Petroquímica, ela continua com a redução de número mínimo de operação, preocupando a todos os trabalhadores do Polo Petroquímico-RS e a comunidade no entorno. O potencial de acidentes e emergências já vinham ocorrendo de forma crescente na Braskem, com o efetivo sendo diminuído com menor números de operadores, tanto da sala de controle como nas áreas industriais, bem como o de brigadistas, já é iminente dizer que a Braskem terá dificuldade de combater emergências e isto é inadmissível numa empresa grau risco 3.
Exemplo concreto disso foi a redução de paineleiros, problemas seríssimos, onde dois fornos queimaram e por muito pouco não tivemos vítimas. Além de outros graves problemas como fissuras em linhas de gás, nuvens inflamável e explosiva.

Os equipamentos da Braskem poderão ser substituídos, nossas vidas e saúde não!

INSS inicia devolução de descontos indevidos a aposentados e pensionistas

Desde segunda-feira (26) , o INSS começou a devolver valores descontados indevidamente de aposentadorias e pensões por associações e entidades. O valor será creditado junto ao pagamento do benefício, conforme o calendário oficial, de acordo com o número final do cartão do beneficiário.

A devolução automática se refere somente ao último desconto realizado antes da suspensão dos débitos, conforme determinação do governo.

Para valores descontados antes de maio, é necessário solicitar o reembolso pelo site ou aplicativo Meu INSS, ou ligando para o telefone 135.

Desde o dia 14 de maio de 2024, os segurados podem consultar quais entidades descontaram valores e informar se autorizaram ou não. Se não reconhecerem o desconto, devem registrar a contestação no próprio sistema. A associação responsável terá 15 dias úteis para comprovar a autorização ou devolver os valores ao INSS.

A restituição será feita diretamente na conta em que o beneficiário recebe o pagamento mensal. Não há prazo fixo para os reembolsos mais antigos, pois dependem da resposta das entidades envolvidas.

As datas de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS são determinadas pelo número final do cartão, sem considerar o dígito verificador (que vem depois do traço).

Veja os calendários de pagamentos do 1º reembolso

Para quem ganha até um salário mínimo:

Final 1    26 de maio
Final 2    27 de maio
Final 3    28 de maio
Final 4    29 de maio
Final 5    30 de maio
Final 6    2 de junho
Final 7    3 de junho
Final 8    4 de junho
Final 9    5 de junho
Final 0    6 de junho

Para quem ganha acima de um salário mínimo:

Final 1 e 6    2 de junho
Final 2 e 7    3 de junho
Final 3 e 8    4 de junho
Final 4 e 9     5 de junho
Final 5 e 0     6 de junho

Mais informações: gov.br/inss ou telefone 135.

Sindipolo participa de Seminário Internacional sobre o futuro do sindicalismo diante das crises globais

O Sindipolo participou, no dia 8 de maio de 2025, do Seminário Internacional do Movimento Sindical entre Brasil, Espanha e União Europeia, um espaço fundamental de intercâmbio e reflexão sobre os rumos do sindicalismo diante dos desafios atuais no mundo do trabalho.

O encontro reuniu representantes sindicais de diversos países para debater os impactos do avanço da direita e da extrema direita sobre os direitos trabalhistas, duramente conquistados por décadas de mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras. Em pauta, estiveram temas urgentes como o desmonte da legislação trabalhista, os ataques à Justiça do Trabalho e o enfraquecimento institucional dos sindicatos.

Um dos pontos de destaque foi a experiência da Espanha, onde a redução da jornada de trabalho já está em vigor, e os trabalhadores podem fazer, no máximo, 80 horas extras. Esses movimentos estão abrindo caminhos para que outras nações, como o Brasil, também avancem na luta por mais qualidade de vida, saúde mental e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

Outros temas centrais foram debatidos, como:

O avanço do trabalho remoto e suas consequências sobre a saúde mental e as relações trabalhistas;

O aumento dos casos de assédio moral e sexual nos ambientes de trabalho;

A crescente precarização das relações de trabalho e da CLT;

A importância da comunicação sindical frente às novas tecnologias e o papel das mídias digitais;

As transições demográficas e o envelhecimento da população trabalhadora;

E a necessidade de repensar a organização sindical para além do tempo de trabalho formal, incluindo o período pós-laboral.

Um consenso importante entre os participantes foi o chamado à ação para que os sindicatos retornem às suas bases, às suas origens, e se reconstruam a partir da escuta e da organização direta com os trabalhadores. O futuro do sindicalismo está profundamente ligado à sua capacidade de se renovar sem abrir mão de sua missão histórica: defender os direitos, a dignidade e a vida da classe trabalhadora.

O Sindipolo reafirma seu compromisso com essa reconstrução e seguirá ativo na construção de um movimento sindical forte, combativo e conectado com os desafios do presente e do futuro.

Negociação do ACT avança lentamente e empresas negam principais reivindicações

Nesta quinta-feira, 9 de maio, o Sindipolo realizou a segunda reunião de negociação com as empresas Braskem, Innova e Arlanxeo-EPDM para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho em Turno (ACT-T). A reunião ocorre após a entrega, no dia 16 de abril, da pauta construída coletivamente com a categoria e aprovada em assembleia.

As propostas apresentadas pelos trabalhadores/as em turno reúnem apenas seis itens principais, voltados à melhoria das condições de trabalho, saúde e valorização pelo desgaste físico e mental gerado pela jornada contínua e exigente. Mesmo com uma pauta enxuta e razoável, as empresas, como tem sido recorrente nas mesas de negociação, rejeitaram praticamente todos os pontos levantados – inclusive aqueles que não implicam impacto econômico direto.

Diante da postura patronal, uma nova reunião foi agendada para ocorrer nos próximos 10 dias. O Sindipolo reforça a necessidade de que as negociações avancem com mais agilidade, evitando o prolongamento injustificado das tratativas. “Não é admissível que os turneiros do Polo Petroquímico do RS tenham que buscar melhores condições de trabalho em outras regiões do país, inclusive em empresas que atuam também aqui no estado”, ressalta a direção do Sindicato.

O cenário atual de valorização insuficiente tem contribuído para um número crescente de trabalhadores que pedem demissão em busca de salários mais justos e condições adequadas de trabalho. O Sindipolo avalia que a categoria tem força e disposição para mobilizações, caso as empresas sigam ignorando as pautas apresentadas.
Negociações com a Arlanxeo-EPDM seguem travadas

A Arlanxeo-EPDM tem se destacado negativamente nas negociações. A empresa recusou a concessão do auxílio semestral de R$ 500,00 aos trabalhadores brigadistas de turno e insiste em não permitir a prática da troca com dobra, que já está prevista no ACT-T atual.

O Sindipolo alertou novamente para o descumprimento do acordo coletivo e informou que o tema será retomado na próxima reunião. A insistência em retroceder em cláusulas já consolidadas preocupa a entidade sindical, que exige o cumprimento integral do ACT vigente.
Confira os principais pontos da pauta dos turneiros:

Auxílio-Brigadista de R$ 500,00 por semestre para os trabalhadores da Arlanxeo-EPDM;

Auxílio Condicionamento Físico para todos os turneiros (Innova e Braskem);

Tempo máximo de deslocamento residência-trabalho e trabalho-residência limitado a 1h30;

Hora-extra (HE) de 120% para todos os turneiros, inclusive em dobras e antecipações de jornada aos finais de semana, sem distinção de cargo;

Inclusão do pagamento de HE na passagem de turno para ROIs/Supervisores de turno;

Pagamento das horas-extras dentro do mês, ou no mês subsequente, conforme o fechamento da folha;

Aprimoramento da redação da cláusula que trata do pagamento de HE no Natal, Ano Novo e no feriado do Dia da Consciência Negra (20 de novembro);

Apresentação dos valores atualizados das apólices de seguro de vida dos trabalhadores de turno e diferenciação para brigadistas;

Renovação do ACT-T por 24 meses, com vigência de 2 de maio de 2025 a 2 de maio de 2027.

O Sindipolo segue firme na defesa da categoria e espera que as empresas demonstrem disposição para atender às justas demandas dos turneiros já na próxima reunião. Caso contrário, o caminho natural será o da mobilização e pressão coletiva por respeito e valorização.